A Volta ao Algarve em Bicicleta este ano deverá ir para a estrada entre os dias 5 e 9 de Maio e não é por isso que tem despertado menos interesse por parte das equipas World Tour. A organização anunciou hoje o traçado que os ciclistas terão de enfrentar nas estradas algarvias e não há propriamente grandes surpresas apesar da alteração de data.




A configuração de 2 chegadas em alto (Fóia e Malhão), 2 etapas ao sprint e 1 contra-relógio individual mantém-se e dia 5 de Maio haverá a cumprir 189,5 kms entre Lagos e Portimão. Um percurso relativamente acessível, com uma previsível chegada ao sprint, numa tirada inaugural que geralmente termina em Lagos. Portimão não recebia uma chegada de etapa desde 2012, onde acolheu o contra-relógio final.

Desde 2016 que a Volta ao Algarve inclui a chegada ao Alto da Fóia. É uma subida bastante dura e que pode ser feita por algumas vertentes, umas mais longas, outras mais inclinadas. Luis Leon Sanchez ganhou em 2016, Dan Martin em 2017, Kwiatkowski em 2018, Pogacar em 2019 e Remco Evenepoel em 2020. A dureza desta etapa está na sequência de subidas na parte final, a primeira selecção poderá ser feita na subida da Pomba, entre o final da subida da Pomba e o início da Fóia há apenas 6 kms.






A jornada mais longa vem precisamente no meio da prova, 203,1 kms entre Faro e Tavira, é quase a mesma etapa de 2020, com vitória de Cees Bol. Tavira também já viu Dylan Groenewegen levantar os braços por 2 vezes consecutivas e vitórias dos alemães André Greipel e Marcel Kittel.

Segue-se o habitual contra-relógio individual com partida e chegada a Lagoa, um traçado bastante ondulado, onde não é fácil ganhar um ritmo constante. Nos contra-relógios com este perfil ganharam Geraint Thomas em 2018, Stefan Kung em 2019 e Remco Evenepoel em 2020. Recorde-se que em 2020 o contra-relógio fechou a Volta ao Algarve, desta vez aparece antes para tentar potenciar as diferenças e o espectáculo no Alto do Malhão, das últimas vezes que a Volta ao Algarve terminou no Malhão houve sempre muito espectáculo.






O Alto do Malhão será a última oportunidade para fazer diferenças e é onde a geral se pode decidir. É a subida com mais tradição na Volta ao Algarve e já grandes nomes como Miguel Angel Lopez, Alberto Contador, Michal Kwiatkowski ou Zdenek Stybar venceram aqui. No entanto, a vitória que se celebrou mais foi a de Amaro Antunes em 2018. Este ano não haverá dupla passagem pelo Malhão, haverá sim uma sequência de subidas de 3ª categoria (Barranco do Velho, Vermelhos, Ameixeiras e Alte) antes do Malhão, que tem 2,6 kms a 9,2%.

Foto: João Calado; Perfis: Volta ao Algarve

 

 

By admin