Após duas temporadas na Efapel, Joni Brandão muda de ares. O trepador português ainda tinha um ano de contrato com a equipa de Ovar mas negociou a rescisão para se juntar ao comandados de Nuno Ribeiro. Nos últimos anos, desde que a formação do Sobrado tem ganho a Volta a Portugal, Joni Brandão tem sido o maior rival da equipa, a que se junta a agora. Desde 2015 foi, por três vezes, 2º (2015, 2018 e 2019) e, uma vez, 5º (2016), tendo ganho uma etapa este ano. Aos 30 anos, assina um contrato de 2 anos em busca do sonho de vencer a Volta a Portugal.
“Quando aceitei este desafio, não foi com o objetivo de ser líder de equipa. Para isso, teria outras opções. Sei a maneira de trabalhar deste grupo e venho para torná-la mais forte, estando ao dispor para o que precisarem de mim”, disse Jóni Brandão ao jornal O Jogo.
Para Ricardo Vilela é um regresso, a uma estrutura onde já esteve presente em 2014, numa altura em que a equipa ainda se chamava OFM-Quinta da Lixa. Nesse ano, saiu para a Caja Rural, tendo ainda passado pela Manzana Postobon e Burgos-BH, formações onde esteve sempre duas temporadas. Aos 32 anos, será um ciclista importante para o bloco de montanha, trazendo, também, muita experiência, podendo vir a ter a oportunidade de liderar em algumas provas, devido à sua polivalência de andar bem na montanha e se defender no contra-relógio.
“Já tinha o objetivo de regressar a Portugal, pois tenho 32 anos e a convicção de que dificilmente passaria para uma equipa do WorldTour. Tenho um currículo de presenças em grandes provas internacionais, mas agora é altura de vir para mais perto de casa. Estou pronto para o que a equipa precisar de mim”, referiu o ciclista transmontano ao jornal O Jogo.
O principal responsável da equipa W52-FC Porto, Adriano Quintanilha, mostrou-se claramente satisfeito com as contratações: ” Estes dois ciclistas, que sempre quis ter do nosso lado, vêm ajudar a ajustarmos a equipa para os nossos objetivos”, referindo-se, principalmente, à conquista da Volta a Portugal e do Grande Prémio JN. Acabou por referir também as possíveis saídas de Gustavo Veloso, Raul Rico e de Tiago Ferreira.
O bloco da equipa portista se já era forte, agora, fortaleceu-se ainda mais, com duas peças importantes para qualquer equipa do pelotão nacional. O bloco da montanha fica claramente beneficiado, mas também para as contas das classificações gerais. Para se ter a noção, a equipa de azul e branco venceu a Volta a Portugal Edição Especial, por intermédio de Amaro Antunes, fez segundo lugar com Gustavo Veloso, e ainda sétimo com João Rodrigues, foi só buscar o quarto classificado, Jóni, um ciclista rival e que lutou diversas vezes para destronar a equipa portista, e o 14.º classificado, Vilela, que é um corredor muito experiente e conhecedor do ciclismo nacional.
Foto: José Carmo/Global Imagens