Após dois dias mais calmos, o ciclismo regressou com o GP Miguel Indurain. Debaixo de bastante frio e sem a neve que se chegou a prever, o pelotão saiu para a estrada e com bastante vontade, já que os constantes ataques impediram que se formasse uma fuga no começo da prova.

Foi preciso esperar mais de 45 quilómetros para que 9 ciclistas tivessem essa liberdade. Rafael Reis representou a Glassdrive/Q8/Anicoloro na frente, na companhia de Paul Lapeira, Stephen Bassett, Jon Barrenetxea, Alex Martin, Xabier Azparren, Oscar Cabedo, Mikel Bizkarra e Ivan Cobo. No pelotão, UAE Team Emirates e Movistar foram marcando o ritmo. Bassett tentou uma aventura em solitário a 43 quilómetros do fim, mas pouco depois foi apanhado.

A fuga manteve-se na frente até aos 20 quilómetros finais, mesmo antes de nova passagem pelo Alto Ibarra. A subir não se fizeram diferenças, mas sim a descer, o grupo a alongar e a cortar-se na rápida descida. Os favoritos voltaram a unir-se pouco depois mas os ataques foram-se sucedendo com Aleksandr Vlasov, Pello Bilbao, Gorka Izagirre, Victor Lafay e Jefferson Cepeda a darem bastante trabalho ao pelotão.

A vantagem nunca foi muita e a escassos 2000 metros do fim, mesmo no sopé do Alto Ibarra, a fuga era apanhada. Pierre Latour entrou a todo o gás, Marc Hirschi respondeu na parte mais dura e estes dois conseguiram sair com uma pequena vantagem no topo da subida, vantagem essa anulada na descida. Com isto, um grupo de 10 ciclistas discutiu a vitória ao sprint e o mais rápido acabou por ser Warren Barguil. Aparecendo no momento certo, o francês conquistou a 2ª vitória da temporada à frente de Aleksandr Vlasov e Simon Clarke.

Frederico Figueiredo foi o melhor português, em 23º, a 25 segundos. Dentro da Glassdrive/Q8/Anicolor, Pedro Silva foi 55º a 3:29, Rafael Reis 105º a 13:23 e Hector Saez, Javier Moreno e Afonso Eulálio não terminaram a prova. Nelson Oliveira foi 36º a 46 segundos, sendo que tanto Rui Costa e João Almeida não concluíram a prova.