Dia muito importante na Vuelta a Andaluzia, com uma etapa longa que contava com subidas bastante duras, principalmente na sua fase inicial. Com a classificação geral ainda por decidir, esperava-se uma corrida endurecida e foi isso que aconteceu, desde o quilómetro 0. Ainda existiu uma pequena fuga, mas a Bora-Hansgrohe estava com outras ideias e anulou a escapada antes da subida para o Alto del Purche.
Aí, os ataques no pelotão foram-se sucedendo e, no topo da subida, o grupo estava partido. Na frente ficavam 14 ciclistas, entre os quais Miguel Angel Lopez, Alexey Lutsenko, Carlos Rodriguez, Ivan Sosa, Simon Yates, Mikel Landa, Jack Haig e Ben O’Connor. Para trás, estava o líder Alessandro Covi que confiava na sua equipa e na Bora-Hansgrohe, que não tinha ninguém na frente, para anular a perigosa fuga.
Apesar de todos os esforços, ao invés de diminuir, a vantagem ia aumentando, chegando aos 3 minutos à falta de 50 quilómetros para a chegada e não mais baixou dessa diferença. Com muitos ciclistas na frente, Astana e Bahrain-Victorious foram comandando o grupo e nos últimos 20 quilómetros começaram a atacar à vez.
O ataque decisivo apareceu a 15 quilómetros do fim, com Lutsenko e Wout Poels a conseguirem quebrar a resistência do grupo. Foi o neerlandês a fazer a maioria do trabalho na frente de corrida, a Astana jogava em ambos os grupos com Lutsenko para a etapa e, atrás, Lopez ia, a espaços, fazendo a perseguição, no meio dos vários ataques que se iam sucedendo.
A vitória decidiu-se ao sprint entre Poels e Lutsenko e, mesmo tendo feito a maioria do trabalho, o ciclista da Bahrain-Victorious sprintou para o triunfo, com um sprint muito forte, superando Lutsenko. A 18 segundos chegou o grupo perseguidor liderado por Mauri Vansevenant. Com tudo isto, Poels é o novo líder da Vuelta a Andaluzia, com 10 segundos de vantagem para Lopez e 12 para Cristian Rodriguez.