Uma jornada longa e acidentada antes do primeiro dia de descanso trouxe mais animação que o esperado, muito por causa do vento lateral. Antes disso logo no início destacaram-se Tony Gallopin, Natnael Berhane, Michael Schar, Anthony Turgis, Mads Wurtz e Odd Eiking. No entanto o pelotão nunca permitiu mais de 3 minutos de avanço e nos últimos 100 kms a corrida mudou.
Já tinha havido uma primeira tentativa antes da contagem de 3ª categoria, mas foi depois dessa subida que o vento lateral fez estragos, com a Deceuninck-Quick Step e a Team Ineos a fazerem uma cisão no pelotão que fez com que nomes como Fuglsang, Pinot, Uran ou Porte ficassem para trás. O 2º pelotão esteve quase a colar, esteve a menos de 15 minutos, mas a partir daí a vantagem voltou a dilatar para 40 segundos a 10 kms da meta e continuou a crescer.
Poupando-se para a parte final foi a Team Sunweb a trabalhar nos 3 kms finais fazendo um trabalho irrepreensível para Michael Matthews. O australiano retardou demais o seu sprint e quando o começou foi tarde demais, já os seus rivais iam lançados. Num duelo titânico até ao risco foi Wout van Aert o mais forte, diante de Elia Viviani e de Caleb Ewan. Foi já o 4º triunfo em etapa da Jumbo-Visma neste Tour, num dia que também fica manchado pelo descalabro de George Bennett, que foi buscar água ao carro numa altura de vento lateral.
Richie Porte, Rigoberto Uran, Jakob Fuglsang e Thibaut Pinot perderam praticamente 1:40, enquanto Mikel Landa ficou a mais de 2 minutos. Julian Alaphilippe é agora cada vez mais líder, com mais de 1 minuto de vantagem sobre o 2º. Quanto aos ciclistas portugueses, Nelson Oliveira foi 82º, José Gonçalves foi 110º e Rui Costa 113º.